viernes, 19 de noviembre de 2010

Me encante...


Me encante da maneira que você quiser, como você souber.
Me encante, para que eu possa me dar.
Me encante nos mínimos detalhes.
Saiba me sorrir, aquele sorriso malicioso e gostoso, inocente e carente.
Me encante com suas mãos, gesticule quando for preciso, me toque, quero correr esse risco.
Acarinhe-me se quiser, vou fingir que não entendo, que nem queria esse momento.
Me encante com seus olhos, me olhe profundo, mas só por um
segundo, depois desvie o seu olhar,
como se o meu olhar, não tivesse conseguido lhe encantar....
E então, volte a me fitar, tão profundamente, que eu fique perdido sem saber o que falar...
Me encante com suas palavras, fale-me dos seus sonhos,
dos seus prazeres, me conte segredos, sem medos ...
e depois me diga o quanto eu a encantei.
Me encante com serenidade, mas não se esqueça, também tem que ser com simplicidade, não pode haver maldade.
Me encante com uma certa calma,
não tenha pressa, tente entender a minha alma.
Me encante como você fez com o primeiro namorado, sem subterfúgios, sem cálculos, sem dúvidas, com certezas.
Me encante na calada da madrugada,
na luz do sol ou embaixo da chuva.
Me encante sem dizer nada ou até dizendo tudo,
sorrindo ou chorando, triste ou alegre ...
mas me encante de verdade, com vontade ...
que depois, eu te confesso que me apaixonei
e prometo lhe encantar todos os dias,
do resto das nossas vidas.  Neruda

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