A bunda,
que engraçada. Está sempre sorrindo, nunca é trágica. Não lhe importa o que vai
pela frente do corpo. A bunda basta-se. Existe algo mais? Talvez os seios. Ora
— murmura a bunda — esses garotos ainda lhes falta muito que estudar. A bunda
são duas luas gêmeas em rotundo meneio. Anda por si na cadência mimosa, no
milagre de ser duas em uma, plenamente. A bunda se diverte por conta própria. E
ama. Na cama agita-se. Montanhas avolumam-se, descem. Ondas batendo numa praia
infinita. Lá vai sorrindo a bunda. Vai feliz na carícia de ser e balançar
Esferas harmoniosas sobre o caos. A bunda é a bunda redunda.
O Chão é a
cama para o amor urgente, O amor não espera ir para a cama. Sobre o tapete no
duro piso, a gente compõe de corpo a corpo a última trama. E para repousar do
amor, vamos para a cama!
As
mulheres gulosas que chupam picolé — diz um sábio que sabe — são mulheres carentes
e o chupam lentamente qual se vara chupassem, e ao chupá-lo já sabem que presto
se desfaz na falácia do gozo o picolé fuginte como se esfaz na mente o
imaginário pênis.
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